sexta-feira, novembro 10, 2006

Poema

À morte do príncipe D. José
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Frágil corpo! Ou de púrpura vestido,
Ou de grosseiras peles abrigado,
De barro foi na terra fabricado,
Na terra fica em terra convertido.
Virtude santa! Lá do céu subido
Desceu sobre este mundo desgraçado,
O espírito feliz, que a tem amado
Com ela voa ao trono esclarecido,
Tem a morte no corpo autoridade,
A sã virtude escapa aos seus revezes:
O Príncipe confirma esta verdade:
Morreu uma; mas vive dias vezes:
Vive no céu por uma eternidade,
Vive no coração dos portugueses.
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in, Inéditos de José Agostinho de Macedo, p. 144

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